Jornalista britânico detido na Ucrânia é libertado

  • Por Agencia EFE
  • 22/05/2014 03h54

Kiev, 22 mai (EFE).- O jornalista britânico Graham Phillips, colaborador do canal de televisão russo “RT”, informou nesta quinta-feira através do Twitter que foi libertado pelas autoridades ucranianas depois de passar quase dois dias detido por sua atividade profissional.

“Estou sem telefone, nem tenho meus pertences. Agradeço a todos pelas mensagens e apoio, estou bem”, escreveu Phillips após ser libertado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, sigla em ucraniano), a antiga KGB.

O jornalista, de 35 anos, foi detido na quarta-feira passada pela Guarda Nacional da Ucrânia em um posto de controle perto de Mariupol, na região de Donetsk.

Phillips relatou que após passar uma noite na região de Zaporozhie, vizinha de Donetsk, foi transferido para Kiev para ser interrogado nas dependências do SBU sobre o motivo de sua estadia no país.

Aparentemente, o jornalista foi detido por portar um colete de proteção com o símbolo do “RT”, canal internacional russo que faz transmissões em inglês, espanhol e árabe.

“Não apresentaram acusações contra mim, não serei deportado, ninguém me agrediu e as autoridades ucranianas me trataram bem. Tudo está bem”, afirmou Phillips.

Os serviços de inteligência ucranianos ainda mantêm sob custódia os dois jornalistas russos detidos no último domingo pela Guarda Nacional nos arredores de Kramatorsk, também na região de Donetsk, principal local de resistência dos insurgentes pró-russos e foco da operação antiterrorista lançada por Kiev.

Oleg Sidiakin e Marat Saichenko, jornalistas do canal russo via internet “LifeNews”, foram detidos quando acompanhavam um grupo de insurgentes pró-russos para cobrir o conflito entre as forças ucranianas e os rebeldes no sudeste do país.

O SBU, que interrogou os dois detidos em Kiev, os acusa de “acompanhar terroristas para informar sobre sua atividade ilegal”.

As autoridades de Kiev impedem, desde meados de abril, a entrada de jornalistas russos em território ucraniano por entender que a imprensa do país vizinho distorce os fatos e faz propaganda favorável aos separatistas pró-russos, declarados terroristas pela Procuradoria Geral da Ucrânia. EFE

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