Jornalista egípcio é absolvido após mais de 520 dias na prisão

  • Por Agencia EFE
  • 29/04/2015 10h33

Cairo, 29 abr (EFE).- O Tribunal Penal do Cairo absolveu nesta quarta-feira o jornalista Ahmed Gamal Ziada e outras 12 pessoas acusadas de participarem de protestos ilegais da Irmandade Muçulmana e agredir a polícia, informaram à Agência Efe fontes jurídicas.

Ziada, que cobria os distúrbios como cinegrafista para a rede de notícias de tendência islamita “Yaqin”, passou mais de 520 dias na prisão à espera da sentença.

Os feitos pelos quais estava sendo processado remetiam a dezembro de 2013, quando houve distúrbios em frente à Universidade de Al Azhar, no Cairo, devido aos protestos convocados pelos seguidores da Irmandade Muçulmana.

A promotoria egípcia o acusava de agredir a polícia, dificultar o funcionamento das instituições públicas, afetar a segurança pública e atacar a Faculdade de Comércio da universidade com coquetéis molotov.

Por essas acusações, o tribunal condenou 17 pessoas a sete anos de prisão, 23 a cinco, seis a três, e outras oito a um ano, que eram julgadas no mesmo caso.

O encarceramento prolongado de Ziada gerou polêmica e, enquanto isso, foram feitos diversos pedidos de diferentes grupos defensores da liberdade de imprensa para que o jornalista deixasse a prisão.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, sigla em inglês) pediu em setembro do ano passado a libertação de Ziada e dos outros dez repórteres que estavam atrás das grades no Egito.

O jornalista canadense de origem egípcio Mohammed Fahmy, ex-funcionário do canal catariano “Al Jazeera” que ficou preso no Egito durante 411 dias, criou uma fundação para defender a liberdade de imprensa no mundo, inclusive no caso de Ziada. EFE

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