Jornalista espanhol libertado de sequestro na Síria retorna a Barcelona

  • Por Agencia EFE
  • 02/03/2014 18h45

Barcelona, 2 mar (EFE).- O jornalista espanhol Marc Marginedas, libertado na noite de ontem depois de quase seis meses sequestrado na Síria, chegou neste domingo discretamente à cidade de Barcelona, onde reside, informou o jornal “El Periódico” – o mesmo em que trabalhava – em seu site.

Procedente da Turquia, o jornalista chegou a bordo de um avião da Força Aérea Espanhola ao aeroporto de Barcelona, onde foi recebido pela vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, seus familiares e o diretor do “El Periódico”, Enric Hernàndez.

Marginedas foi sequestrado no dia 4 setembro de 2013 por jihadistas de um grupo ligado à Al Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL).

Após ser libertado ontem à noite, o jornalista conseguiu atravessar a fronteira hoje e entrar na Turquia, onde passou por uma série de exames médicos e de onde partiu em direção à Espanha.

Na Turquia, Marginedas conseguiu estabelecer contato com sua família, com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e com Soraya Sáenz de Santamaría, a quem disse que se encontrava bem.

Posteriormente, Rajoy disse à imprensa que o jornalista se encontrava “razoavelmente bem”, além de lembrar que outros profissionais ainda continuam sequestrados na Síria, em alusão ao jornalista Javier Espinosa e ao fotógrafo Ricardo García Vilanova – ambos espanhóis -, que foram raptados no dia 16 de setembro de 2013.

Já o diretor do “El Periódico” comentou que Marginedas estava muito cansado, mas “forte e inteiro”. Em declarações à Agência Efe, a chefe da seção de internacional do jornal, Marta López, disse que o pior do sequestro foi “a falta de informação, não saber como estava e como estavam lhe tratando”.

Marginedas é um veterano correspondente de guerra que já realizou três viagens à Síria antes de ser sequestrado próximo à cidade de Hama. No entanto, o jornalista teria percorrido por diversos lugares do país durante o período em que esteve sequestrado. EFE

nac/fk

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