Jornalista Nana Queiroz afirma que movimento “não mereço ser estuprada” vai continuar
Depois de iniciar uma mobilização nas redes sociais para combater a violência contra as mulheres, a jornalista Nana Queiroz afirma que o movimento “não mereço ser estuprada” continuará, mesmo depois da errata divulgada pelo IPEA.
Para a jornalista, os 26% da população os que acreditam que mulheres que usam roupa que mostram o corpo merecem ser atacadas representam um em cada quatro brasileiros, e essa mentalidade tem que ser combatida.
“Esse erro do Ipea propiciou um ambiente para que as mulheres descobrissem que têm um poder de articulação muito maior do que elas imaginavam e o suficiente para lutar por um mundo em que a resposta dessa pergunta seria 0% e não 26%. Acho importante dizer que a repercussão tem que continuar porque o Ipea mantém os 58% que afirmaram que se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros. Isso revela a mentalidade contra qual a gente luta”, contou.
Nana Queiroz afirma que a educação é a melhor forma de prevenir que traumas como a violência contra a mulher ocorram. A jornalista defende mudanças no plano nacional de educação, que está em tramitação no Congresso para incluir a obrigatoriedade de discutir temas de gêneros nas escolas.
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