Jornalista somali morre após explosão de bomba escondida em seu veículo

Nairóbi, 21 jun (EFE).- Um jornalista da Somália morreu em Mogadíscio, a capital do país, depois que uma bomba que estava escondida em seu veículo explodiu, se tornando o segundo repórter assassinado neste ano nesse país do Chifre da África, informou neste sábado a imprensa local.

O premiado jornalista Youssef Ahmed Abukar (conhecido como Youssef Keynan) morreu ontem quando uma bomba explodiu em seu veículo, que estava estacionado no distrito de Hamarweyn da capital somali, informou a rede de notícias “Shabelle”.

O Sindicato Nacional de Jornalistas da Somália condenou o “assassinato sem sentido”, ocorrido no começo da manhã de hoje.

Youssef Ahmed trabalhava para a rádio “Mustaqbal”, uma emissora privada com sede em Mogadíscio, e para a “Ergo Radio”, uma rádio humanitária radicada em Nairóbi.

O jornalista foi um dos agraciados nos Prêmios da Imprensa Somali organizados pelo sindicato de jornalistas do país e as Nações Unidas em 2013.

Por enquanto, nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do assassinato.

“Condenamos o assassinato de nosso companheiro e pedimos uma investigação urgente”, disse o secretário-geral do sindicato de jornalistas, Mohammed Ibrahim.

Em abril, o jornalista Muhammad Hassan Amarde, funcionário da emissora somali “Radio Dalsan”, também foi assassinado ao ser atingido por disparos em um ataque que posteriormente foi reivindicado pela milícia radical islâmica da Somália, o Al Shabab.

O grupo terrorista, que anunciou em fevereiro de 2012 sua união formal à rede da Al Qaeda, combate à força multinacional da Missão da União Africana na Somália (Amisom) e o Exército somali para instaurar um Estado muçulmano de caráter wahhabista no país.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem um governo medianamente efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados. EFE