Jovem holandesa que se separou de jihadista ganha liberdade condicional

  • Por Agencia EFE
  • 25/11/2014 14h49

Bruxelas, 25 nov (EFE).- A justiça da Holanda decidiu nesta terça-feira deixar em liberdade condicional a jovem holandesa de 19 anos resgatada por sua mãe após viajar à Síria para se casar com um ex-militar holandês de origem turca que se tornou jihadista.

A promotoria da província de Limburgo informou em comunicado que um juiz do Tribunal de Maastricht decidiu suspender a ordem de prisão preventiva contra a jovem, que adotou na Síria o nome de Aïcha.

Aïcha, detida logo que chegou na Holanda, não foi acusada formalmente, mas é “suspeita de envolvimento em uma organização terrorista”. A justiça deveria decidir se prolongaria sua detenção por outros 14 dias ou se a deixaria em liberdade.

A jovem foi solta com certas condições que não foram reveladas mas que permitirão uma investigação sem obstáculos.

Aïcha foi resgatada por sua mãe, Monique, que foi até a fronteira da Turquia com a Síria para buscá-la depois de a menina demonstrar querer voltar para casa após seu casamento com o jihadista turco-holandês Omar Yilmaz fracassar. Ele teria treinado combatentes do Estado Islâmico (EI) na Síria.

A jovem holandesa se converteu ao islã com 18 anos e mudou de nome depois de se casar com Yilmaz, que viu pela primeira vez pela televisão e que contatou através das redes sociais.

Em fevereiro, Aïcha e Ylmaz viajaram à Síria e, embora a princípio a jovem holandesa tenha mantido contato com sua família, deixou de responder mensagens e e-mails.

O caso de Aïcha é só um exemplo do grande número de jovens europeus que viajaram para a Síria para se filiar ao EI.

Segundo o relatório “A transformação do jihadismo na Holanda”, publicado em outubro pelo Serviço de Inteligência e Segurança holandês (AIVD), até agora 130 holandeses deixaram o país para viajar ao Oriente Médio, dos quais “quase 30 já retornaram e 14 morreram nos combates”.

O AIVD acredita que os combatentes que retornam da Síria são um risco potencial para a segurança interna. EFE

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