Judeus franceses mostram interesse por emigração a Israel
Jerusalém, 11 jan (EFE).- Centenas de judeus franceses se interessaram pela possibilidade de emigrar a Israel em um evento que a Agência Judaica inaugurou neste domingo em Paris e que tinha sido convocado antes da sequência de atentados desta semana.
O ato foi realizado com fortes medidas de segurança no centro de Paris, informou em comunicado a Agência Judaica, organização israelense encarregada das relações com a diáspora.
“A Agência abraça à comunidade judaica francesa neste difícil momento e lhe dá seu pleno apoio mediante medidas de segurança (…) por toda a França”, disse o presidente desse organismo, Natan Sharansky, que foi hoje a Paris acompanhando do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ao todo, cinco judeus morreram nos ataques desta semana, quatro deles na loja de alimentos kosher na sexta-feira, e um no atentado à revista “Charlie Hebdo” na quarta.
Netanyahu, que hoje participou da grande marcha em rejeição ao terrorismo pelas ruas de Paris, incentivou ontem à comunidade judaica francesa a ver em Israel seu “lar” e não apenas o lugar “para dirigem suas rezas”.
A Agência Judaica garantiu nesse sentido que aumentará seus esforços para dar assistência a todos os que queiram ir a Israel e que ajudará no posterior processo de integração na sociedade israelense.
Segundo os dados desse organismo, 7 mil judeus franceses se estabeleceram em Israel em 2014, mais que os de qualquer outro país e o dobro se comparado a 2013. Em 2012 foram apenas 1.900. A emigração de membros desta comunidade se intensificou a partir do começo de 2012, quando quatro judeus morreram em um atentado a uma escola da cidade de Toulouse, no sul da França, e aumentaram os ataques de caráter antissemita em todo o território francês.
“Melhorar a segurança dos judeus na França passa por sua emigração a Israel”, disse em Paris o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman.
Com 600 mil membros, a França tem a comunidade judaica mais numerosa de toda Europa e a terceira do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Israel, com mais de seis milhões cada um.
A Agência Judaica prevê que o número de emigrantes cresça até os 10 mil em 2015 e intensificou seus programas e planos para esta comunidade.
Por sua vez, o secretário de um dos movimentos de kibutz (fazendas coletivas) de Israel, Eitan Broshi, declarou à rádio pública que sua organização se prepara para receber de forma imediata uma centena de judeus franceses agora e futuramente. EFE
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