Juiz condena ANP a compensar vítimas israelenses de ataque em 2001
Jerusalém, 5 out (EFE).- Um tribunal de Jerusalém condenou neste domingo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a pagar uma compensação econômica à família de três israelenses baleados em uma estrada durante a Segunda Intifada pelo seu envolvimento no ataque.
As vítimas – Yaniv Ben Shalom, sua mulher Sharon Ben Shalom e seu cunhado Doron Yosef – foram assassinadas por homens armados nos arredores da capital israelense em agosto de 2001.
De acordo com sentença, emitida hoje após cinco anos de processo, a ANP está legalmente obrigada a compensar à família das vítimas por “cooperação e negligência”.
“As armas e os fundos foram transferidos pela ANP aos comandantes das organizações terroristas. A ANP conhecia e entendia o propósito dessas transferências”, explica a sentença, divulgada pela imprensa local.
“Dado que a ANP tem a obrigação de se preocupar com qualquer indivíduo que sofra ferimentos de suas armas, esta autoridade está obrigada a compensar os indivíduos se a determinação não é cumprida”, acrescenta.
O juiz Moshé Drori também considerou responsável o deputado palestino Marwan Bargouthi, condenado a cinco penas de prisão perpétua e detido desde 2002.
“As provas mostram que o acusado número dez conhecia o ataque e foi informado do mesmo após ser perpetrado. Os contatos foram um primo de Bargouthi e seu próprio motorista”, afirma.
Segundo o juiz, a decisão do deputado do movimento Fatah de não responder às acusações fez com que ele aceitasse a versão dos autores do processo. Os acusados tentaram desvincular a ANP das denúncias.
As vítimas iniciaram o processo em 2009 e, no princípio, denunciaram também a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Mas as queixas foram retiradas depois de concluírem que não havia provas suficientes.
O juiz adiou a sentença definitiva até que se calcule o valor da compensação, explicou o diário local “Jerusalem Post”. EFE
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