Juiz dita medidas urgentes para preservar provas de promotor contra Cristina
Buenos Aires, 19 jan (EFE).- O juiz federal argentino Ariel Lijo reassumiu nesta segunda-feira suas funções e estabeleceu medidas urgentes para proteger as provas vinculadas com as escutas telefônicas em que o promotor Alberto Nisman, encontrado morto hoje, fundamentou sua denúncia contra a presidente, Cristina Kirchner, de acobertamento no caso Amia.
Lijo enviou uma equipe à sede da unidade que investiga o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994 para “apreender e assegurar todos os discos compactos onde estão gravadas os grampos telefônicos e toda a documentação detalhada na denúncia”, indicou o Centro de Informação Judicial (CIJ) em seu site.
Além disso, o juiz solicitou que a investigação do atentado à Amia inclua “todos os antecedentes e documentação vinculados aos grampos dessas linhas telefônicas”, acrescentou o CIJ.
O magistrado decidiu interromper suas férias de verão e analisar com urgência a denúncia de Nisman, em meio a comoção da sociedade argentina pela morte do promotor, que foi encontrado com um tiro na cabeça em sua casa em Buenos Aires nesta madrugada.
A juíza María Servini de Cubría, interinamente a cargo do tribunal de Lijo, tinha decidido na quinta-feira não interromper o recesso judicial para que a denúncia fosse tramitada durante as férias de verão por considerar que a ação não estava acompanhada de “elementos probatórios” suficientes.
Cristina ee vários de seus colaboradores foram acusados na quarta-feira por Nisman de acobertar os terroristas iranianos responsáveis pelo atentado ao centro judaico, que causou a morte de 85 pessoas em 1994. EFE
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