Juiz espanhol determina prisão de mulher que iria enviar filhos à Síria

  • Por Agencia EFE
  • 01/04/2015 13h30
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Madri, 1 abr (EFE).- Um juiz de um tribunal espanhol decidiu nesta quarta-feira, pelo delito de integração em grupo terrorista, mandar para a prisão uma mulher que foi detida ontem quando iria enviar seus filhos gêmeos de 16 anos à Síria para se integrar a um grupo jihadista, enquanto o pai ficou em liberdade.

Quanto aos dois menores, eles serão enviados a um centro de reabilitação durante seis meses, informaram fontes jurídicas.

Os quatro membros dessa família foram detidos ontem em Badalona (nordeste), pouco antes dos menores embarcarem rumo à Síria para se alistar a um grupo jihadista.

Os adultos prestaram depoimento no tribunal e os adolescentes perante um juiz de menores. Os quatro foram acusados pelo crime de integração a um grupo terrorista.

O juiz ditou prisão para a mulher porque considera que ela foi a responsável por facilitar o deslocamento dos adolescente para a zona em conflito e o homem terá a obrigação de comparecer semanalmente no Tribunal, ficará com passaporte retido e está proibido de sair da Espanha.

Os gêmeos, que já perderam o irmão mais velho morto há um ano na Síria lutando com o grupo terrorista Estado Islâmico, compareceram por sua vez perante o juiz de menores, que concordou em interná-los em um centro em regime fechado durante seis meses.

Esta medida foi adotada, segundo fontes jurídicas, a pedido da promotoria de menores e como mecanismo de proteção dos jovens frente a seu entorno, assim como pela gravidade dos fatos pelos quais são acusados.

O casal, de nacionalidade marroquina, compareceu perante o juiz Pablo Ruz, que ditou contra eles as medidas solicitadas pela promotoria.

Segundo os investigadores, os dois meninos estavam imersos em um processo de radicalização e iam se deslocar à zona no conflito sírio-iraquiano com pleno conhecimento de seu entorno mais direto, especialmente de sua mãe, que era o membro mais extremista da família.

Com essas detenções chega a 30 o número de pessoas detidas na Espanha durante os três primeiros meses do ano por suposto vínculo com organizações jihadistas. EFE

mt/ff

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