Juíza se recusa a assumir investigação da morte de Nisman
Buenos Aires, 17 mar (EFE).- A juíza Fabiana Palmaghini a cargo do caso da morte do promotor argentino Alberto Nisman nesta terça-feira rejeitou assumir a condução da investigação e, assim, tirar desse trabalho à fiscal Viviana Fein, informaram fontes da Justiça.
Nisman, promotor especial encarregado da investigação sobre o atentado terrorista contra a associação judia Amia em 1994, foi encontrado morto em 18 de janeiro, com um tiro na têmpora no banheiro de seu departamento, quatro dias depois de ter denunciado à presidente argentina, Cristina Kirchner, por encobrimento dos iranianos acusados pelo ataque.
Fabiana desprezou o pedido da denúncia, que reivindicava que as pesquisas sobre a morte de Nisman deixassem de estar a cargo da fiscal Viviana e passem a ser conduzidas pela magistrada.
O pedido tinha sido feito pela também juíza Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Nisman, que argumentava irregularidades e erros na condução da investigação que Viviana lidera há dois meses e que, até o momento, não chegou a provas conclusivas sobre as causas da morte.
Fontes do caso esclareceram na segunda-feira que não se tratava de um pedido para que Viviana fosse afastada da causa, mas para que Fabiana assumisse a direção da investigação, da qual a procuradora poderia continuar participando como representante do Ministério Público Fiscal.
A ex-mulher de Nisman apresentou recentemente em entrevista coletiva um relatório realizado por peritos da denúncia no qual afirma que o promotor foi assassinado. EFE
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