Junta médica se reúne para buscar conclusão sobre morte do promotor Nisman

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h27

Buenos Aires, 6 mai (EFE).- Uma junta médica composta por uma dúzia de especialistas legistas se reuniu nesta quarta-feira em Buenos Aires para analisar as circunstâncias da morte do promotor argentino Alberto Nisman.

Após três meses de uma investigação que não conseguiu concluir se sua morte foi um suicídio ou um assassinato, a junta começou hoje a debater as principais divergências entre os dois relatórios médico-legais sobre o caso: o oficial da promotoria e o da denúncia.

O corpo de especialistas segue uma agenda de 24 pontos elaborada pela promotora Viviana Fein, responsável pela investigação da morte de Nisman.

A junta buscará estabelecer, principalmente, a hora exata da morte e a posição do corpo de Nisman no instante em que morreu.

Hoje especialistas do Corpo Médico-Legal que realizaram a autópsia se reuniram com os peritos da denúncia, que acreditam em assassinato.

Enquanto a investigação oficial indica que a morte aconteceu no domingo, 18 de janeiro, a denúncia, liderada pela ex-mulher de Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, garante que a morte ocorreu em algum momento da tarde ou da noite do sábado, 17.

As conclusões dos peritos diferem em pontos fundamentais, como a posição do corpo, a ausência de espasmo cadavérico e até a existência de uma agonia que provocou uma hemorragia externa.

Nisman era promotor-especial da ação que investigava o atentado contra a associação judaica Amia, que deixou 85 mortos em Buenos Aires em 1994.

O promotor foi encontrado morto em seu departamento em 18 de janeiro com um tiro na cabeça, quatro dias após ter denunciado a presidente argentina, Cristina Kirchner, de acobertar os terroristas iranianos responsáveis pelo atentado.EFE

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