Justiça abre outra investigação contra Sarkozy por sua campanha em 2007
Paris, 29 jul (EFE).- A justiça da França abriu uma nova investigação contra o ex-presidente Nicolas Sarkozy pelo suposto financiamento irregular de sua campanha eleitoral em 2007, a que o levou à chefia do Estado, revelou nesta terça-feira o jornal “Le Parisien”.
Essa investigação preliminar foi iniciada no início do mês pela promotoria, que suspeita que Sarkozy utilizou um sistema de faturas falsas para imputar a seu partido, o conservador União por uma Maioria Popular (UMP), os gastos de sua campanha e conseguir ultrapassar, dessa maneira, os limites legais.
As investigações começaram assim que a promotoria teve acesso a documentos e provas levantadas pela polícia que examinam a possibilidade de que o ex-presidente da França tivesse utilizado a sociedade de comunicação Bygmalion para apagar o rastro deixado pelas despesas de sua candidatura em 2012.
Esse novo procedimento judicial dirigido pela mesma promotoria que se ocupa do caso Bygmalion foi complementado por um mandado de busca no último dia 8, segundo o “Le Parisien”, que não detalhou o local da mesma.
Sarkozy foi acusado em 2 de julho, após ficar detido em uma delegacia por 15 horas para responder a um interrogatório, por “corrupção ativa”, tráfico de influência e acobertamento da violação do segredo profissional em outro escândalo judicial no qual é investigado, conhecido como o das escutas telefônicas.
Também é objeto, direta ou indiretamente, de outras investigações judiciais, como a do suposto financiamento de sua campanha pelo regime do ex-presidente líbio Muammar Kadafi, o citado caso Bygmalion, as encomendas supostamente irregulares de pesquisas quando era presidente e a possível arbitragem litigiosa em favor do empresário Bernard Tapie.
Essas acusações colocam em risco os planos de Sarkozy de regressar à política ativa.
Em entrevista dada no dia 2 de julho, o ex-presidente negou todas as acusações e suspeitas que pesam sobre ele e também deu a entender que seria um dos candidatos nas eleições primárias para a Presidência do UMP, previstas para o segundo semestre. EFE
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