Justiça aumenta cerco contra exposição de fotos e vídeos íntimos no Whatsapp
Justiça aumenta cerco contra exposição de fotos e vídeos íntimos em redes sociais, mas ainda falta o combate à culpabilização das vítimas.
Nesta semana o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o WhatsApp divulgue a identidade de usuários envolvidos mais um dos casos de exposição.
A vítima é uma universitária paulista, estudante do Mackenzie, cujas fotos foram usadas em montagens pornográficas.
Especialistas alertam para esse fenômeno, conhecido como “pornô de vingança”, geralmente envolvendo casais que terminaram o relacionamento.
Em geral, esses casos terminam sem a identificação de quem divulgou as imagens e com a culpa sobre as vítimas do vazamento.
Em entrevista a Carlos Aros, a psicóloga Paula Napolitano defende que os jovens sejam educados sobre a utilização e os perigos dessas ferramentas.
“A gente tem que reforçar o que é do foro íntimo”, diz Paula.
Já o especialista em direito digital, Victor Haikal, afirma que a definição de culpa nestes casos é muito mais delicada.
Falando a Anchieta Filho, o advogado diz que quem teve as imagens íntimas divulgadas sofre, além da exposição, com a quebra de confiança.
“Ela se sente violentada pelo menos em dois aspectos: ela tem a imagem do seu corpo divulgada da maneira que não gostaria e ela tem a confiança abalada”, avalia Haikal.
No caso da universitária de São Paulo, foi possível identificar os grupos que publicaram as fotomontagens, ambos relacionados a estudantes do Mackenzie.
Além da ação contra o aplicativo, há inquérito em andamento e um processo criminal será ajuizado, acusando os envolvidos por calúnia e difamação.
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