Justiça condena 22 islamitas à morte por ataque a delegacia egípcia
Cairo, 19 mar (EFE).- Um tribunal do Egito condenou 22 islamitas à morte por matarem a um civil em um ataque em julho de 2013 a uma delegacia na cidade de Kerdasa, sudoeste do Cairo, informou nesta quinta-feira a imprensa local.
A Corte Penal de Guiza enviou ontem os expedientes destes 22 condenados ao mufti Shauqi Alam, máxima autoridade religiosa islâmica do Egito, para que emita sua sentença, não vinculativa.
O tribunal ditará dia 20 de abril a decisão definitiva sobre este caso. Os islamitas são acusados de terem tentado assassinar 23 recrutas da polícia durante distúrbios em Kerdasa após o golpe militar que tirou da presidência Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Há apenas três dias esta mesma corte condenou à pena capital, também de forma preliminar, o líder da confraria, Mohammed Badia, e outros 13 islamitas por formação da chamada “sala de operações da Rabaa al Adauiya”.
Segundo a promotoria os islamitas dirigiram operações para enfrentar as autoridades depois do despejo dos acampamentos das praças de Rabaa al Adauiya e Al-Nahda em agosto de 2013, e propagaram o caos no país.
Centenas de pessoas foram condenadas à morte no último ano no Egito em julgamentos coletivos, que as organizações de direitos humanos criticaram por não respeitarem os princípios de um processo justo, e pela severidade das penas.
Somente no dia 7 de março o primeiro condenado foi executado. Um islamita sentenciado por assassinato durante protestos contra a queda de Mursi, em 3 de julho de 2013, foi enforcado.
Desde o golpe militar contra Mursi, as autoridades perseguem os simpatizantes, integrantes e líderes da confraria, que foi declarada grupo terrorista. EFE
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