Justiça condena executivos da Camargo Correia a 15 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2015 15h27

Brasília, 20 jul (EFE).- Três executivos da empresa Camargo Corrêa, uma das maiores construtoras do Brasil, foram condenados nesta segunda-feira a penas que variam entre nove e 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, informaram fontes judiciais.

As sentenças foram ditadas pelo juiz federal Sergio Moro e as penas mais duras foram aplicadas ao ex-presidente da empresa Dalton Avancini e ao ex-diretor vice-presidente Eduardo Leite, ambos condenados a 15 anos e dez meses de prisão.

Além disso, foi ditada uma pena de nove anos e seis meses contra o ex-presidente do Conselho de Administração da companhia João Ricardo Auler.

Os executivos da companhia foram considerados culpados pelos delitos de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

Na mesma decisão, foram condenados à prisão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yousseffa, além de Jayme Alves de Oliveira, agente da Polícia Federal.

No caso de Costa, a pena aplicada foi de 12 anos de prisão, enquanto Yousseff foi condenado a oito anos e quatro meses e no caso de Oliveira, o castigo foi fixado em quatro anos.

De acordo com a sentença, todos os réus condenados obterão diversos benefícios, como um antecipação dos prazos para o cumprimento das penas em prisão domiciliar, graças a acordos de cooperação e delação assinados com as autoridades judiciais.

A Camargo Corrêa é uma das mais importantes construtoras do Brasil, foi fundada em 1939 e opera em 20 países, com um forte presença na América Latina.

A construtora faz parte 20 grandes empresas privadas envolvidas em esquemas de corrupção na Petrobras.

Pelo caso, também são investigados dezenas de políticos, entre eles os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

Segundo as investigações, as companhias privadas envolvidas no caso obtinham contratos combinados com a Petrobras, inflavam seus valores e as diferenças eram repartidas entre os políticos que e alguns executivos da estatal. EFE

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