Justiça decreta prisão de Gegê do Mangue, líder do PCC que segue foragido

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2017 12h14
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GEGE1 D3 - CIDADES - ROGÉRIO JEREMIAS DE SIMONE (GEGÊ DO MANGUE) – Envolvimento na morte do Juiz Corregedor de Pres. Prudente. FOTO DIVULGACAO Divulgação/Polícia Militar Gegê do mangue - DIV PM

A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (21) a prisão preventiva de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, acusado de ordenar, de dentro da cadeia, o assassinato de outros dois criminosos em 2004.

Gegê, considerado o terceiro na hierarquia de líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), segue foragido. O promotor criminal Rogério Zagallo teme que Gegê fuja para o Paraguai, país onde o PCC tem forte atuação. Por isso, solicitou a atuação das polícias estaduais e da Polícia Federal na recaptura do foragido.

Gegê do Mangue foi solto no dia 1º de fevereiro deste ano por uma decisão da 3.ª Vara de Presidente Venceslau – onde o suspeito respondia a outro processo de homicídio, no qual acabou inocentado. Após ser solto às vésperas do julgamento da capital, os advogados do suspeito forneceram dois endereços à Justiça, mas o líder da quadrilha não foi encontrado nos locais apontados, segundo o promotor.

Havia uma audiência do julgamento de Gegê marcada para esta segunda (20), mas ele não compareceu. Segundo Zagallo, os defensores do suspeito não justificaram sua ausência e “fizeram uma cena”, abandonando o caso. O promotor suspeita que os advogados saibam do paradeiro do foragido, pois transferiram a defesa dele para outro defensor, que apresentou procuração recentemente assinada por Gegê.

Contudo, nem a irmã do chefe do PCC diz saber onde ele se encontra.

Zagallo alerta para a “possibilidade concreta” de Gegê escapar da Justiça e afirma que ele é um “cidadão perigosíssimo, um dos mais perigosos que temos hoje no universo criminal brasileiro”.

Além de Gegê do Mangue, Abel Pacheco, o “Vida Loka”, que está preso em regime diferenciado, responde pelo mesmo crime, a morte de traficantes. Ele, no entanto, deverá ser julgado em maio deste ano porque o processo do caso foi desmembrado a pedido dos advogados dele.

O pedido do novo decreto de prisão para Gegê, segundo o promotor, deve-se à gravidade dos crimes pelos quais ele responde. Os assassinatos cometidos na zona leste de São Paulo, supostamente a mando de Gegê e “Vida Loka”, foram executados com um tiro na boca e o encravamento de faca no crânio das vítimas. De acordo com Zagallo, era “como se fosse uma mensagem para as pessoas que estavam ali e queriam contender com o PCC”. O Ministério Público Estadual vai apresentar interceptações telefônicas em que mostram Gegê e comparsas discutindo o crime.

Em outra ação pela qual estava preso preventivamente desde 2007, Gegê obteve, em 2014, habeas corpus do Supremo Tribunal Federal para responder ao processo em liberdade.

Com informações e entrevista exclusiva do repórter Jovem Pan Anderson Costa

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