Justiça decreta prisão de suspeito de lançar rojão que matou cinegrafista
Rio de Janeiro, 11 fev (EFE).- O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou na noite de ontem a prisão temporária do suspeito de ter lançado o rojão que causou a morte do cinegrafista da “TV Bandeirantes” Santiago Andrade, segundo a decisão judicial divulgada nesta terça-feira.
O suspeito, identificado como Caio Silva de Souza, de acordo com o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado, segue foragido, tendo em vista que as autoridades ainda não informaram sobre sua detenção.
De acordo com a nota do tribunal, “há evidentes necessidades de se resguardar a instrução, a fim de que as demais provas sejam colhidas pela autoridade policial garantindo-se, ao final, a instrução da causa, que é de grande repercussão e que merece integral apuração (…)”.
No último domingo, a Polícia Civil deteve outro manifestante, identificado como Fábio Raposo Barbosa, por estar supostamente relacionado com o lançamento do rojão que causou a morte do cinegrafista, confirmada ontem pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
De acordo com a Polícia, Raposo foi apontado como coautor dos delitos de explosão e tentativa de homicídio qualificado contra Santiago, que, por sua vez, cobria os protestos pelo aumento do preço do transporte no centro, onde foi atingido por um rojão supostamente lançado pelos manifestantes.
O cinegrafista teve morte cerebral confirmada ontem, após passar vários dias internado na unidade de terapia intensiva do Hospital Souza Aguiar.
A presidente Dilma Rousseff, em declarações no Twitter, lamentou a morte do cinegrafista e afirmou que a liberdade de manifestação “jamais” pode ser usada para matar.
“A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem (para) depredar patrimônio público ou privado”, apontou Dilma em uma série de mensagens no Twitter. EFE
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