Justiça dos EUA dará prioridade aos casos de crianças imigrantes
Washington, 9 jul (EFE).- O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que destinará mais recursos para atender de forma “humana, eficiente e antecipada”, os casos das crianças que estão cruzando a fronteira ilegalmente sem a companhia de um adulto.
O departamento anunciou que contratará novos juízes e designará outros magistrados às cortes de migração para processar os casos nos quais estejam envolvidos imigrantes que tenham cruzado recentemente a fronteira.
Neste grupo entrarão as crianças que cruzaram a fronteira sem companhia de um adulto e famílias que estão em centros de detenção ou em alguma das instalações alternativas.
A iniciativa pretende que os casos sejam processados de forma “rápida” e justa” para determinar a repatriação ou a proteção dos solicitantes de asilo, nos casos que corresponda, indicou o Departamento de Justiça em comunicado.
O anúncio destas medidas acontece um dia depois do pedido do presidente Barack Obama ao Congresso, de US$ 3,7 bilhões, para um fundo de emergência que permita atender esta situação que o líder qualificou de “crise humanitária”.
O governo calcula que mais de 57 mil crianças cruzaram sozinhas e ilegalmente a fronteira nos últimos dez meses, principalmente de América Central e México, e mais de 39 mil adultos.
“Temos a obrigação de fornecer atendimento humanitário para as crianças e adultos com crianças que estão retidas em nossas fronteiras, mas também temos que fazer o que seja possível para cortar a tendência deste perigoso padrão migratório”, disse o procurador-geral adjunto, James Cole.
O Departamento de Justiça reforçará, além disso, o trabalho com as autoridades mexicanas para prender os traficantes de pessoas que ajudam os menores a atravessar a fronteira sul.
“Os que embarcam na perigosa viagem da América Central aos Estados Unidos são objeto de violência, abuso e extorsão, pois confiam em perigosas redes de tráfico para que lhes transporte através de América Central e México”, acrescentou Cole.
Além disso, por meio do fundo autorizado pelo presidente, se está buscando financiamento para enviar assessores legais às embaixadas dos EUA em El Salvador, Guatemala e Honduras, para ajudar esses países a identificar e desmantelar as redes de tráficos de crianças. EFE
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