Justiça egípcia condena 87 membros da Irmandade Muçulmana a 3 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2014 13h45

Cairo, 9 jan (EFE).- Pelo menos 87 membros da Irmandade Muçulmana foram condenados nesta quinta-feira a três anos de prisão por participar de manifestações ilegais e violentas no Egito, entre outras acusações, informou a agência estatal de notícias “Mena”.

Um tribunal do Cairo sentenciou 63 islamitas a esta pena de prisão e ao pagamento de uma multa de 50 mil libras egípcias (cerca de R$ 17 mil) por manifestação sem aviso prévio às autoridades, danos materiais e agressão a policiais em uma marcha realizada em novembro do ano passado em Al Zaitun.

Em outro caso similar, uma corte condenou a três anos de prisão 24 integrantes da Irmandade Muçulmana que participaram de um protesto em novembro em Hadaiq al Quba, no Cairo.

As duas decisões judiciais, emitidas em primeira instância, estabelecem uma fiança de cinco mil libras (cerca de R$ 1.700) para cada um dos condenados, o que permitiria a suspensão da aplicação da pena até uma sentença definitiva.

Os acusados participaram de manifestações a favor do deposto presidente Mohammed Mursi e, segundo a agência, fazem parte da Irmandade Muçulmana, que as autoridades egípcias declararam “grupo terrorista” em 25 de dezembro.

Desde o golpe militar de 3 de julho, que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi, as autoridades reprimiram os protestos dos seguidores do grupo e detiveram seus principais líderes, acusados de incitar a violência.

Em 30 de dezembro, um tribunal condenou 139 partidários da Irmandade a dois anos de prisão por atos violentos durante um protesto em apoio a Mursi realizado em julho. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.