Justiça proíbe Siemens de participar de licitações no Brasil por cinco anos

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2014 15h43

São Paulo, 28 fev (EFE).- A Justiça Federal proibiu a multinacional alemã Siemens de participar de licitações públicas e fechar contratos com governos no Brasil durante os próximos cinco anos por supostamente ter se envolvido em um esquema de pagamento de propina nos Correios, uma decisão que a empresa recorrerá, segundo anunciou em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

A decisão do Tribunal Federal Regional da Primeira Região, tomada em janeiro, mas dada a conhecer hoje, se baseia em uma investigação interna realizada pelos Correios, que encontrou irregularidades em duas licitações, em 1999 e 2004.

Após a investigação, os Correios decidiram proibir a participação da companhia em suas licitações por um período de cinco anos. A Siemens apresentou um recurso perante a Justiça contra a decisão, mas em agosto do ano passado o juiz de primeira instância rejeitou a apelação, e estendeu a proibição às licitações de toda a administração pública.

A companhia alemã apelou da decisão de primeira instância, mas o tribunal manteve a decisão e determinou o imediato cumprimento da medida. Em comunicado remitido à Agência Efe, a companhia informou hoje que recorrerá novamente.

“A pena imposta a Siemens é consequência de um procedimento administrativo interno conduzido pela empresa brasileira dos Correios e Telégrafos há alguns anos. A sanção se refere a supostas irregularidades cometidas em duas licitações específicas realizadas em 1999 e 2004”, explica a nota.

A Siemens também é investigada, junto com outras grandes empresas do setor ferroviário, como Alstom, Bombardier e Caf, por supostamente pactuar de contratos de manutenção de trens em São Paulo entre 1998 e 2002. EFE

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