Justiça reverte decisão e condena réus de emblemático caso de tráfico humano
Buenos Aires, 8 abr (EFE).- A Justiça argentina ditou nesta terça-feira penas de entre 10 e 22 anos para os acusados do sequestro em 2002 de María de Los Angeles Verón, um emblemático caso de tráfico humano na Argentina, e reverteu assim a decisão anterior que absolvia todos os acusados.
O Tribunal da Câmara Penal da nortista província de Tucumán, onde aconteceu o processo, condenou os dez acusados, nove dos quais serão presos, enquanto o outro cumprirá prisão domiciliar, informaram fontes judiciais.
A promotoria e os querelantes tinham solicitado a pena máxima de prisão, 25 anos, para os que são considerados coautores do sequestro: os irmãos Fernando “Chenga” e Gonzalo Gómez, Daniela Natalia Milhein e Andrés Alejandro González.
Para os outros seis acusados, pediram penas menores como partícipes necessários.
Em dezembro do ano passado, a Corte Suprema de Tucumán revogou parcialmente a decisão que em 2012 tinha absolvido todos os acusados neste caso.
O máximo tribunal provincial confirmou então a absolvição de dois dos 13 acusados, dispôs a extinção do processo para outro dos processados por falecimento e ordenou um novo julgamento para os outros dez acusados.
María de Los Angeles, que continua desaparecida, foi sequestrada aos 23 anos no dia 3 de abril de 2002, quando se dirigia à maternidade da capital provincial para realizar um estudo médico.
Desde seu desaparecimento, a mãe de María, Susana Trimarco, iniciou sua busca e seu caso se transformou em um emblema do combate ao tráfico humano, reconhecida pelo governo argentino, o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o Parlamento Europeu, e diversas organizações humanitárias em nível internacional. EFE
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