Kerry afirma que Obama cogita fornecer armamento defensivo à Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2015 16h30
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Kiev, 5 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estuda a provisão de armamento defensivo à Ucrânia, devido à intensificação dos combates no leste do país, afirmou nesta quinta-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.

“Por esse motivo, o presidente estuda diferentes variantes, entre as quais figura a possibilidade de fornecer armamento defensivo e sistemas à Ucrânia”, disse Kerry em entrevista coletiva depois de se reunir com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.

Kerry, que havia se reunido anteriormente com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ressaltou que “a violência se intensifica e os acordos de paz de Minsk (de setembro de 2014) não estão sendo cumpridos”.

Obama tomará uma decisão “em breve” após consultar seus assessores e reunir-se na próxima semana em Washington com a chanceler alemã, Angela Merkel, acrescentou Kerry.

“Sua reunião com Merkel na segunda-feira será muito importante. E quando o presidente considerar necessário, quando estiver preparado, tomará uma decisão”, disse.

Até o momento, Obama sempre tinha se negado a dar esse passo, embora o Congresso tenha lhe dado em dezembro o sinal verde para o envio de US$ 350 milhões em ajuda militar para as forças ucranianas que combatem os insurgentes pró-Rússia.

Os partidários da provisão, que incluem congressistas e diplomatas americanos, defendem o repasse à Ucrânia de sistemas antitanque e antiaéreos, radares e drones no valor de US$ 3 bilhões.

Merkel rejeitou categoricamente nesta semana em Budapeste uma possível provisão de armas a Kiev, alegando que a regulação do conflito só pode ser política.

A esse respeito, o governo de Moscou advertiu hoje que a provisão de armamento americano a Kiev não só provocaria uma escalada do conflito na Ucrânia, mas ameaçaria a segurança da Rússia.

Merkel e o presidente francês, François Hollande, chegaram hoje à Ucrânia para apresentar uma proposta de paz para a regulação da crise, que abordarão amanhã, sexta-feira, em Moscou com o chefe do Kremlin, Vladimir Putin. EFE

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