Kerry chega ao Paquistão em visita oficial para discutir segurança

  • Por Agencia EFE
  • 12/01/2015 11h47

Islamabad, 12 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, viajou nesta segunda-feira ao Paquistão em visita oficial, procedente da Índia, para discutir assuntos de segurança como a tensão entre Nova Délhi e Islamabad pela disputa na Caxemira e a situação no Afeganistão.

Kerry inicia uma visita de dois dias em Islamabad, durante a qual se reunirá, entre outros, com o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, ou o assessor de segurança do líder, Sartaj Aziz.

Uma alta funcionária do Ministério paquistanês de Relações Exteriores, Madiha Imam, explicou à Agência Efe que Kerry se reunirá nas próximas horas com Sharif e na terça-feira participará do diálogo estratégico entre Estados Unidos e Paquistão.

“O diálogo focará em segurança, energia, antiterrorismo, estabilidade e não-proliferação de armas nucleares, economia e finanças”, disse Imam, que afirmou que Kerry transmitirá uma mensagem do presidente americano, Barack Obama, a Sharif.

“A mensagem será sobre a tensa situação na fronteira com a Índia”, informou a funcionária das Relações Exteriores, em relação à troca de tiros entre tropas paquistanesas e indianas na disputada região da Caxemira.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar atividades terroristas em seu território, como o atentado em Mumbai, em 2008, que causou 166 mortos, e de apoiar a insurgência na Caxemira, região dividida entre os dois países desde 1947.

A situação de segurança no Afeganistão será outro dos principais temas a serem discutidos. O Paquistão mantém uma tensa relação com o país vizinho e o líder afegão anterior, Hamid Karzai, acusou várias vezes o governo paquistanês de desestabilizar seu país com o apoio a grupos insurgentes que realizam atentados em seu território.

Um relatório do Pentágono dos EUA afirmou em novembro de 2014 que o Paquistão usa “terceiros” para tentar desestabilizar o Afeganistão.

A visita de Kerry ao Paquistão terminará com uma visita ao colégio de Peshawar, no noroeste do país, onde em 16 de dezembro um ataque talibã causou a morte de 132 estudantes, um das maiores massacres já sofridos no país asiático. EFE

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