Kerry e Lavrov abordaram implicações da presença russa na Síria, segundo EUA

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2015 21h21
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Nova York, 27 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, abordaram neste domingo as “implicações” políticas e militares do aumento da presença russa na Síria, segundo informou uma alta funcionária americana.

A reunião que Kerry e Lavrov tiveram em um hotel de Nova York foi “bastante construtiva” e se centrou em preparar o encontro de amanhã entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, de acordo com a funcionária, que falou aos jornalistas sob a condição de anonimato.

Tratou-se de uma “troca de pontos de vista sobre as implicações tanto políticas como militares da maior presença da Rússia na Síria”, detalhou a fonte, que acrescentou que Kerry e Lavrov exploraram também “diversas formas” para avançar rumo a uma possível “transição política” nesse país.

“Estamos no início” de um processo para “tentar entender as intenções da Rússia na Síria e no Iraque”, assinalou a funcionária.

Em seguida, a fonte disse que durante o encontro não se tratou o acordo de cooperação em inteligência e segurança ao que o Iraque chegou com Rússia, Irã e Síria para lutar contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Ao início da reunião com Lavrov e diante da pergunta de um jornalista sobre esse acordo, Kerry disse que “todos os esforços devem ser coordenados” e que, em referência a essa aliança militar, “isso não está ainda coordenado”.

“Acredito que temos preocupações sobre como vamos avançar. Isso é precisamente do que vamos falar agora”, comentou Kerry aos jornalistas.

Por sua parte, ao ser perguntado sobre o objetivo do acordo com o Iraque, Lavrov indicou que se trata de “coordenar os esforços contra o EI”.

De acordo com a funcionária americana, é possível que Kerry e Lavrov voltem a reunir-se ainda na noite de hoje, mas ainda não há nada fechado.

Obama e Putin realizarão amanhã na ONU, onde ambos discursarão perante a Assembleia Geral, sua primeira reunião formal desde o início da crise ucraniana com a anexação da Crimeia à Rússia em março de 2014. EFE

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