Kerry e Lavrov conversam sobre crise na Ucrânia e combate ao EI
Nações Unidas, 24 set (EFE).- O secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu nesta quarta-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, com quem falou sobre o acordo para um cessar-fogo entre Ucrânia e os separatistas pró-Rússia e comentou os esforços internacionais contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Kerry e Lavrov se reuniram durante cerca de 40 minutos nesta tarde, aproveitando a participação de ambos nas sessões da Assembleia Geral da ONU.
“O secretário de Estado e o ministro Lavrov conversaram sobre a Ucrânia e a importância de uma implementação completa e rápida de todos os aspectos do acordo de cessar-fogo de 12 pontos alcançado em Minsk”, disse aos jornalistas um funcionário do Departamento de Estado que pediu anonimato.
O acordo de cessar-fogo assinado na capital bielorrussa em 5 de setembro procura pôr fim aos combates entre as milícias pró-russas e o exército ucraniano, e abriu negociações entre as duas partes com a mediação da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
No sábado passado, as partes assinaram um memorando de cessar-fogo que estabelece a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros da qual devem ser retiradas as peças de artilharia e os tanques com canhões cujo calibre seja maior que 100 milímetros.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira em seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU que, se a Rússia “mudar de rumo” e cumprir os termos do acordo de Minsk, seu governo suspenderá as sanções que impôs a Moscou em coordenação com a União Europeia (UE).
Em sua reunião de hoje, Kerry e Lavrov também falaram sobre “o combate ao EI, e seus enfoques respectivos em relação a Iraque e Síria”, segundo a fonte americana.
Além disso, “compararam notas sobre as conversas entre o Irã” e as potências ocidentais sobre o programa nuclear de Teerã que acontecem esta semana em Nova York, com o objetivo de alcançar um acordo antes do final de novembro. EFE
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