Kerry espera que abertura com Cuba sirva de exemplo para Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2015 19h07

Washington, 20 jul (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta segunda-feira que confia que o restabelecimento dos laços diplomáticos com Cuba encoraje à Venezuela a um maior diálogo com as autoridades americanas.

“Esperamos que nossas relações diplomáticas com Cuba possam encorajar não só a um maior diálogo com a Venezuela, mas talvez inclusive a que aconteçam esforços para ajudar à Colômbia a pôr fim a 50 anos de guerra e outras iniciativas”, afirmou Kerry em entrevista coletiva conjunta com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

Kerry, que falou com Rodríguez sobre a Venezuela em sua reunião de hoje, se mostrou esperançoso de que possam “encontrar um melhor caminho para frente”, apesar de persistirem as diferenças com o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

O conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon, visitou a Venezuela em várias ocasiões com a intenção de reparar as relações diplomáticas entre Washington e Caracas, que não se canalizam em nível de embaixadores desde 2010.

Kerry ressaltou que seu governo não vai “desbordar-se com expressões de otimismo excessivo” sobre a possibilidade de melhores relações em interesses comuns com a Venezuela.

Na opinião do chefe da diplomacia americana, toda a região se beneficiaria “se nenhum país fosse transformado em bode expiatório dos problemas de outro e todos os países trabalhassem para resolver esses problemas”.

O secretário de Estado americano, que lamentou em repetidas ocasiões que o governo de Maduro acuse os Estados Unidos de ser o responsável de seus problemas internos, considerou a reabertura das embaixadas de Cuba e EUA nos respectivos países como um exemplo de como se superam as diferenças por meio da diplomacia.

“Com o início de relações diplomáticas nos comprometemos a falar entre nós, tratar nossas diferenças, encontrar pontos de comum interesse e construir uma relação que beneficie ao povo de Cuba, dos Estados Unidos e de toda a região”, concluiu Kerry. EFE

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