Kerry: EUA alertou a França de limitação em fazer negócios com o Irã
Washington, 5 fev (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta quarta-feira que pôs a França de “sobreaviso” por ter permitido que uma ampla delegação de empresários franceses viajasse para Teerã, e ressaltou que a maioria das sanções comerciais continuam valendo e que o Irã “não está aberto para fazer negócios”.
“Embora os franceses enviem alguns empresários para lá, não podem transgredir as sanções. Serão punidos se o fizerem e sabem disso. E demos o aviso”, afirmou Kerry em uma entrevista à emissora “CNN”.
Kerry ligou esta semana para o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, para comunicá-lo que a visita dos empresários “não ajuda” nos esforços do grupo 5+1 em suas negociações com o Irã, explicou nesta terça-feira a subsecretária de Estado adjunta dos EUA para Assuntos Políticos, Wendy Sherman.
O chefe da diplomacia americana garantiu que nem a viagem dos empresários franceses nem as recentes declarações de funcionários iranianos que o acordo com o 5+1 poderia ser desfeito a qualquer momento significam que ninguém “tenha brincado” com os Estados Unidos.
“Em absoluto, nem um pouco”, ressaltou Kerry. “O Irã não está aberto para fazer negócios, e o Irã sabe que não está aberto para fazer negócios”.
“Ninguém deveria duvidar, nem por um momento, que os Estados Unidos estão preparados para aplicar as sanções existentes. E todos os nossos aliados estão de acordo que essas sanções se manterão de pé até, ou a não ser, que haja um acordo (definitivo)”, acrescentou.
O Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China mais a Alemanha) chegou em 24 de novembro a um acordo preliminar com o Irã no qual o governo iraniano congelou desde fim de janeiro com os aspectos mais polêmicos de seu programa nuclear, em troca de um alívio moderado do regime internacional de sanções.
O acordo busca aplanar o terreno para novas negociações que começarão este mês em Viena, para conseguir um pacto definitivo que acabe com as dúvidas sobre a natureza do programa nuclear iraniano. EFE
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