Kerry quer ser o primeiro-secretário de Estado a viajar para Cuba em 60 anos

  • Por Agencia EFE
  • 17/12/2014 19h29
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Washington, 17 dez (EFE).- John Kerry disse nessa quarta-feira querer ser o primeiro-secretário de Estado dos EUA a visitar Cuba em 60 anos, depois de o presidente americano, Barack Obama, anunciar o início de um novo capítulo nas relações entre os dois países.

Kerry antecipou em comunicado que em janeiro, a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, liderará uma viagem de funcionários americanos a Cuba para a próxima rodada de diálogo migratório, a primeira missão de alto nível a Cuba.

“Espero poder ser o primeiro-secretário de Estado em 60 anos a visitar Cuba”, afirmou o chefe da diplomacia americana.

Além disso, Kerry já ordenou que sua equipe inicie o processo de revisão da designação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo, lista em que a ilha foi incluída em 1982.

O secretário lamentou que, por mais de cinco décadas, os Estados Unidos tenham mantido uma política com o país caribenho que “isolou os Estados Unidos em vez de isolar Cuba”.

Kerry lembrou que, há 20 anos, começava “um esforço semelhante” para a aproximação entre Estados Unidos e Vietnã que “não foi fácil, ainda não terminou, mas tinha que começar em algum momento e funcionou”.

O secretário de Estado assinalou que a mudança da relação com Cuba requer “tempo, energia e recursos, e não estará isenta de desafios, mas é a melhor maneira de ajudar a levar a liberdade e a oportunidade para o povo cubano”.

Kerry garantiu que os Estados Unidos continuarão focados em fazer o governo cubano “melhorar o respeito aos direitos humanos” e na promoção de reformas democráticas na ilha, da liberdade de expressão e de uma sociedade civil ativa.

O passo dado hoje, ressaltou, “reflete nossa firme convicção de que o risco e o custo de tentar mudar o rumo é muito menor do que o risco e o custo de ficar preso em um engarrafamento ideológico criado por nós mesmos”.

Desde 2009, o presidente Obama tomou medidas que promoveram uma aproximação nas relações com Cuba, aliviando as restrições de viagens entre famílias e as remessas humanitárias. EFE

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