Kerry representa EUA em Paris para mostrar repúdio do país sobre atentados
Paris, 16 jan (EFE).- Em Paris, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, enviou nesta sexta-feira uma mensagem aos franceses em sobre a “emoção” e o “repúdio” dos Estados Unidos em relação os atentados da semana passada, em resposta às críticas recebidas pela ausência de dirigentes de seu país na manifestação de domingo.
“Queria estar aqui hoje para dar um abraço nos parisienses”, afirmou em declaração na prefeitura da capital francesa, junto à prefeita, Anne Hidalgo.
Kerry ressaltou “o repúdio sentido pelos americanos em relação aos cruéis incidentes contra vítimas inocentes e valores universais”, e insistiu que França e Estados Unidos enfrentam “juntos os desafios mais temíveis”.
“Os que tentaram nos separar apenas nos uniram ainda mais” porque “os extremistas e os terroristas não entendem e nem podem entender que a bravura nunca cederá à intimidação e ao terror”, acrescentou.
O chefe da diplomacia americana foi recebido nesta sexta-feira pelo presidente francês, François Hollande, e depois, junto ao ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, foi à sede da “Charlie Hebdo”, atacada no último dia 7, e ao mercado judeu onde outro terrorista fez clientes de reféns dois dias depois.
Kerry deixou uma coroa de flores em cada um dos lugares em memória às 17 pessoas assassinadas pelos três terroristas abatidos na sexta-feira da semana passada. Depois, se dirigiu à prefeitura, onde lhes prestou homenagem, assim como aos “heróis” que enfrentaram os jihadistas.
“Não entraremos em desespero, transformaremos este momento em um compromisso durável. Temos o dever de defender os valores de nossas sociedades, os que os terroristas mais temem: a tolerância, a liberdade e a verdade”.
“John Kerry é um amigo que vem para nos deixar uma mensagem de afeto”, disse Hidalgo em seu discurso.
A prefeita lembrou que os terroristas queriam atentar “contra a liberdade de expressão” ao atacar a “Charlie Hebdo”, contra a autoridade ao atacar os policiais e contra a presença histórica dos judeus em Paris e na França. EFE
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