Kerry: tropas russas deixam fronteira com Ucrânia, mas ainda há perigo
Washington, 29 mai (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse na quinta-feira que as tropas russas que estavam na fronteira com a Ucrânia estão se retirando-se, mas advertiu que ainda há “sinais de perigo” por causa das informações de que combatentes chechenos treinados na Rússia estão cruzando o território ucraniano.
“As tropas que estavam na fronteira estão se deslocando outra vez para Moscou, não rumo a Kiev. E o fato é que eu acho que todo mundo sabe que as sanções que o presidente Barack Obama estabeleceu contra a Rússia tiveram um profundo impacto. E haverá maiores custos se a Rússia não encontrar a maneira de se transformar em um aliado construtivo para tentar fortalecer a Ucrânia”, disse Kerry em uma entrevista à emissora “PBS”.
O chefe da diplomacia americana advertiu que ainda há “sinais de perigo” que os Estados Unidos esperam que mudem: “há provas que chechenos treinados na Rússia estão cruzando a fronteira para alterar a ordem e se envolver na luta”, assinalou.
“Esperamos que a Rússia se comprometa mais pró-ativamente em diminuir a tensão e aproveite as eleições na Ucrânia para construir um caminho onde Ucrânia se transforme em ponte entre ocidente e oriente”, acrescentou.
Kerry conversou ontem por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, a quem transferiu suas preocupações pelos combatentes que estão cruzando a fronteira e pediu que a Rússia “acabe com todo o apoio aos separatistas, denunciando suas ações e pedindo que deixem as armas”.
“Estamos preocupados com a persistente violência no leste da Ucrânia, incluídos os informes que os separatistas derrubaram um helicóptero militar ucraniano”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em sua entrevista coletiva diária.
Os Estados Unidos insistem que Moscou deve cortar todo apoio logístico aos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, e na quarta-feira o governo da Alemanha também indicou que o presidente russo, Vladimir Putin, deve impedir que esses insurgentes obtenham armamento através da fronteira russa. EFE
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