Kerry visita Arábia Saudita e promete analisar apoio à oposição síria

Riad, 27 jun (EFE).- O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou nesta sexta-feira na cidade de Jidá, na Arábia Saudita, e prometeu enviar mais ajuda para a oposição na Síria ao se encontrar com o presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmed Yarba, informaram à Agência Efe fontes da principal aliança contrária ao regime de Bashar al Assad.

Kerry também irá se encontrar com o rei Abdullah bin Abdul Aziz para analisar as crises no Iraque e na Síria, informou a agência oficial de notícias “SPA”.

O chefe da diplomacia americana foi recebido pelo ministro de Relações Exteriores saudita, Saud al-Faisal. Kerry está realizando um tour por vários países da Europa e do Oriente Médio.

Kerry e o presidente da CNFROS analisaram a crise síria e “os métodos para ajudar a oposição moderada de acordo com o pedido do (presidente americano Barack) Obama”, afirmaram as fontes.

Yarba insistiu na “necessidade de se apoiar a oposição moderada com armas”, disse à Efe o representante da Coalizão na Arábia Saudita, Adib Shishakli.

O opositor também solicitou um aumento e maior rapidez no apoio dos EUA à CNFROS, disse Shishakli. Segundo o porta-voz, Kerry demonstrou confiança na “capacidade da oposição síria para deter o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em seu progresso no Iraque e na Síria”.

Kerry ressaltou a necessidade de “uma unificação militar e política dos rebeldes”.

Obama solicitou ontem ao Congresso americano US$ 500 milhões para treinar e equipar a oposição moderada na Síria, além de fundos adicionais para evitar a extensão da crise aos países vizinhos.

Além da guerra na Síria, Kerry analisará com as autoridades sauditas a crise no Iraque e o perigo que representa o avanço dos extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) na região.

O rei saudita afirmou ontem que tomou as medidas necessárias para a proteção do território e do povo saudita diante dos combates provocados no Iraque entre os insurgentes sunitas e as tropas governamentais. EFE