Kiev adverte que disparará contra aviões russos que violem seu espaço aéreo
Kiev, 4 jul (EFE).- A Ucrânia disparará contra aeronaves russas que violem seu espaço aéreo, advertiu nesta sexta-feira o secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andrei Parubi.
“Os guardas de fronteiras registraram várias violações do espaço aéreo da Ucrânia por dois helicópteros russos Mim-8 e um helicóptero Mim-24. E hoje as autoridades da Ucrânia advertiram que dispararão contra as aeronaves que cruzem a fronteira ucraniana”, afirmou Parubi em entrevista coletiva.
O Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia denunciou ontem violações do espaço aéreo ucraniano por vários helicópteros russos. Moscou não respondeu as acusações ucranianas.
Anteriormente, a diplomacia russa expressou sua preocupação pelo uso da artilharia e carros blindados nos combates entre as forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia em zonas próximas à fronteira.
A Guarda de Fronteiras russa, integrada ao Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), exigiu que as autoridades ucranianas empreendam ações para estabilizar a situação na fronteira comum e recuem seus blindados.
A Rússia denunciou que durante os combates de ontem por um posto de controle fronteiriço, três obuses disparados supostamente pelas tropas ucranianas caíram em território russo.
Segundo o FSB, dois desses projéteis impactaram a área de dois núcleos urbanos, enquanto o terceiro causou danos em um edifício do posto de controle fronteiriço russo.
A Ucrânia retomou há quatro dias as ações militares contra os separatistas no leste do país, após o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, encerrar o cessar-fogo decretado desde 20 de junho.
No entanto, graças à pressão da comunidade internacional, o líder ucraniano se mostrou ontem disposto a uma nova trégua, caso os rebeldes a respeitem e libertem todos seus prisioneiros.
O líder ucraniano também manifestou sua disposição de iniciar “negociações políticas substanciais sem nenhuma outra condição acrescentada” com os sublevados, algo que tinha se negado a fazer até agora.
Em seu plano de paz, cujo descumprimento pelos rebeldes foi o argumento para dar por terminado a trégua, Poroshenko exigia dos separatistas que abandonassem suas armas. EFE
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