Kiev amanhece relativamente tranquila após dias de violentos distúrbios

  • Por Agencia EFE
  • 23/01/2014 08h48
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Kiev, 22 jan (EFE).- O ambiente na rua Grushevski de Kiev, palco de violentos enfrentamentos desde domingo entre a polícia e os manifestantes pró-europeus, nesta quinta-feira está relativamente tranquilo após uma noite de mais distúrbios.

Centenas de participantes dos protestos permanecem nas imediações do lendário estádio Valeri Lobanovski do Dínamo de Kiev sem recorrer à força, como fizeram nos dias anteriores para romper com os cordões policiais.

No entanto, alguns ativistas lançam pedras contra os agentes antidistúrbios enquanto seguem alimentando com pneus e madeira a fogueira montada ontem à noite para frear um possível avanço das forças de segurança rumo à Praça da Independência, o bastião dos protestos opositoras.

Precisamente por isso, o centro de Kiev está envolto em fumaça no meio de ônibus carbonizados e carros destroçados por pedras e coquetéis molotov, as principais armas dos manifestantes.

Apesar desse ambiente aparentemente calmo em comparação com os últimos quatro dias, muitos esperam novos enfrentamentos dado que a oposição anunciou ontem que as negociações com o presidente, Viktor Yanukovich, não tiveram resultados e deram um prazo de 24 horas para renunciar.

Um dos dirigentes opositores, o boxeador Vitali Klitschko, ameaçou avançar de novo contra os cordões policiais.

Yanukovich, por sua vez, pediu que os opositores se reúnam de novo com ele quando o primeiro-ministro, Nikolai Azárov, cuja renúncia é pedida insistentemente pela oposição, retorne do Fórum de Davos, na Suíça.

A oposição, citando fontes de seus serviços médicos, afirma que até agora houve cinco mortos nos protestos, enquanto o Ministério do Interior confirmou só a morte de dois manifestantes e informou da detenção de 70 pessoas durante os distúrbios que explodiram no domingo.

Estes são a continuação de dois meses de protestos pela decisão do Governo ucraniano de suspender a assinatura de um Acordo de Associação com a União Europeia. EFE

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