Kiev confirma 500 mortos e desaparecidos no cerco de Ilovaisk

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2015 12h19

Kiev, 14 ago (EFE).- As tropas ucranianas perderam mais de 500 militares entre mortos e desaparecidos no cerco, há justo um ano, da cidade de Ilovaisk, ponto de inflexão da guerra contra os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia, segundo reconheceu nesta sexta-feira o promotor militar do país, Anatoli Matios.

“As baixas das Forças Armadas da Ucrânia, a Guarda Nacional e o Ministério do Interior somam 366 mortos e 429 feridos. Foram capturados como prisioneiros 128 homens e outros 158 figuram até agora como desaparecidos”, revelou Matios durante a apresentação do relatório legista sobre a operação militar em Ilovaisk.

No final de agosto do ano passado, várias centenas de milicianos separatistas pró-Rússia fortemente armados sitiaram durante dias milhares de soldados governamentais.

As autoridades ucranianas denunciaram que os rebeldes contaram então com a ajuda das tropas e carros de combate russos.

Então, Semyon Semenchenko, comandante do batalhão de voluntários Donbass, leal a Kiev, cifrou em mil as baixas das forças governamentais só em Ilovaisk.

Esse revés sofrido por Kiev freou a reconquista de territórios que as forças ucranianas tinham começado no início de julho e conduziu à assinatura dos primeiros Acordos de Minsk e à declaração de um cessar-fogo que foi respeitada até janeiro deste ano.

Após outro mês e meio de sangrentos combates em torno do aeroporto de Donetsk e dos arredores desta cidade, praça forte dos separatistas, os dois grupos assinaram em meados de fevereiro os segundos Acordos de Minsk, em vigor até o dia de hoje.

No entanto, apesar do cessar-fogo contemplado nesses acordos e que Kiev e os rebeldes asseguram ter recuado todo o armamento pesado de calibre maior aos 100 milímetros, as duas partes se acusam continuamente de violar a trégua.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de 7 mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia em 15 meses de conflito entre os sublevados e o Exército ucraniano. EFE

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