Kiev reconhece grande ofensiva de separatistas em leste da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 24/01/2015 15h09
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Kiev, 24 jan (EFE).- O ministro da Defesa ucraniano, Stepan Poltorak, reconheceu neste sábado que as milícias separatistas iniciaram uma ampla ofensiva contra as posições das forças governamentais em todo o leste do país.

“Em geral, nas últimas 24 horas foi observada uma séria piora da situação desde a região de Lugansk até Mariupol, onde os grupos armados ilegais realizaram à ofensiva”, disse Poltorak em reunião sobre o ataque que deixou 20 civis mortos no porto de Mariupol.

A ofensiva separatista para conquistar todo o território das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk foi anunciada ontem pelo líder da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Zakharchenko. Ele descartou “novas tréguas” com as forças de Kiev e deu por encerrado o cessar-fogo que vigorava desde 9 de dezembro.

As hostilidades entre os dois lados se intensificaram ao longo de uma linha de frente que mede mais de 350 km, desde o centro da região de Lugansk até a cidade de Mariupol, no Mar de Azov, atacada hoje por fogo de artilharia que as autoridades ucranianas atribuíram aos rebeldes.

Segundo o ministro da Defesa ucraniano, as milícias separatistas concentram seus esforços em avançar nas imediações da cidade de Debaltsevo, estratégico cruzamento de caminhos que liga as cidades de Donetsk e Lugansk, as duas capitais das rebeldes regiões homônimas que estão sob o controle dos pró-Rússia. Ele, que estima em mais de 250 o número de milicianos mortos pelas tropas ucranianas apenas nas últimas 24 horas, também acusou o inimigo de concentrar homens e armamento na região de Mariupol, que até agora se livrou dos combates entre Kiev e os sublevados.

Pouco antes, o porta-voz das forças de Kiev, Andrei Lysenko, desmentiu mais uma vez que os soldados ucranianos tenham abandonado o estratégico aeroporto de Donetsk, palco dos combates mais intensos durante os últimos dias.

O conflito entre Kiev e os separatistas vive uma escalada inédita de violência desde a assinatura do acordo de Minsk em setembro, agravada pela morte de oito civis há dois dias após um ataque com artilharia contra um ponto de ônibus em Donetsk. EFE

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