Kissinger pede “ações conjuntas” entre EUA e China para melhorar relações

  • Por Agencia EFE
  • 21/03/2015 07h32

Pequim, 21 mar (EFE).- O ex-secretário de Estado americano, Henry Kissinger, sugeriu neste sábado em Pequim que China e Estados Unidos realizem “ações conjuntas” para melhorar suas relações e atenuar as diferenças que existem entre os países.

O veterano diplomata disse, em um discurso no Fórum de Desenvolvimento da China 2015, que a potência americana e a asiática deveriam consultar-se mais e explicar uma à outra “de forma completa e honesta o que pensam sobre as relações internacionais para não ver-se abrumadas pelas crises”.

“Devemos falar de nossas ideias para um futuro comum, mas o que também é crucial é que façamos algo conjuntamente, que haja algo em que chineses e americanos trabalhemos juntos”, destacou o ex-chefe da diplomacia dos EUA.

O ex-secretário de Estado americano recomendou a ambos países que buscassem “em que áreas e em que temas” podem realizar “ações conjuntas”, já que, assegurou, há “grandes oportunidades de cooperação”.

“Certamente, cada país persegue seus próprios interesses e sua própria segurança”, lembrou o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1973, advertindo que, por essa razão, “é importante fazer esforços, mais do que dividir”.

Além disso, Kissinger qualificou como “normal” que a Rússia tenha uma relação mais próxima com a China que com o país americano.

“A amizade que há entre eles não nos prejudica”, afirmou, ao reconhecer que gostaria que os EUA tivessem uma maior relação com a Rússia, embora tenha ressaltado com ironia que não sofreria um “ataque nervoso” se não for possível.

Aos 91 anos, o ex-secretário de Estado americano é um personagem muito querido na China, país que visitou mais de 80 ocasiões durante as últimas quatro décadas, por seu importante papel no degelo das relações entre o regime de Mao Tsé-tung e o governo de Richard Nixon. EFE

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