Kosovo: partido de primeiro-ministro Thaçi vence eleição por margem apertada

Belgrado, 8 jun (EFE).- O Partido Democrático (KDP) do primeiro-ministro interino, Hashem Thaçi, conseguiu uma vitória apertada nas eleições legislativas realizadas neste domingo no Kosovo, segundo uma pesquisa a boca de urna.

O KDP alcançou 33,1% dos votos, na frente da Liga Democrática (LDK), com 30,4%, de acordo com os dados do centro de estudos Gani Bobi, o único órgão que fez uma pesquisa de boca de urna.

Em seguida vem o partido nacionalista albanês Autodeterminação, com 15,2%, e a Aliança para o Futuro do Kosovo (AAK), do ex-primeiro-ministro Ramush Haradinaj, que teve, segundo a pesquisa, 9,1% dos votos.

Também ultrapassaria a cláusula de barreira e teria direito a cadeiras no parlamento, com 5,8%, o novo partido Nisma (Iniciativa), de Fatmir Limaj, ex-ministro e ex-guerrilheiro investigado por corrupção que deixou o KDP de Thaçi e formou um partido próprio.

A Comissão Eleitoral Central apurou apenas 3% dos votos, que confirmam até agora que o KDP de Thaçi é o mais votado contra o LDK.

A participação total foi de 43%, quase cinco pontos percentuais a menos que nas eleições de 2010. A participação entre os sérvios foi um pouco mais baixa, 32,84%.

1,8 milhão de cidadãos com direito a voto deveriam escolher os 120 deputados do parlamento entre candidatos de 30 partidos e coalizões.

Estas são as segundas eleições parlamentares desde que Kosovo proclamou unilateralmente em 2008 independência da Sérvia, reconhecida por mais de cem países, entre eles os Estados Unidos e boa parte dos Estados da União Europeia.

A votação aconteceu sem incidentes de importância, embora com algumas irregularidades.

Milhares de observadores nacionais e estrangeiros, entre eles da UE e da OSCE, supervisionaram a votação, enquanto a polícia kosovar, a missão civil europeia Eulex e a força internacional KFOR da Otan se encarregavam da segurança.

As eleições foram convocadas seis meses antes do previsto, pelo parlamento ter sido dissolvido no começo de maio após meses de paralisias no trabalho legislativo.

Na curta campanha, de apenas dez dias, os principais temas foram as medidas para favorecer o crescimento econômico, uma grande questão em um país com um desemprego de 35%, e a luta contra a corrupção e a criminalidade. EFE