Kuczynski diz que Odebrecht pode sair do Peru em 6 meses

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2017 16h36
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EFE Pedro Pablo Kuczynski - EFE

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que a construtora Odebrecht, que admitiu ter pago US$ 29 milhões em propinas no país, poderá retirar suas operações do país em cerca de seis meses.

O chefe de Estado declarou ao jornal “La República” que a empreiteira avalia “como se retirar (do país) sem causar prejuízo aos projetos” de infraestrutura que têm no Peru.

Questionado sobre quando a Odebrecht deve sair do país, Kuczynski respondeu que “é um tema complexo porque é uma empresa muito grande que tem várias obras em andamento no Peru e, obviamente, o que deve haver é uma saída gradual”.

O líder acrescentou que “o fato de esta onda de colaborações eficazes e outras revelações serem tão fortes impossibilitou uma estratégia de retirada gradual”.

A empresa brasileira declarou à justiça dos Estados Unidos que as propinas foram entregues entre 2005 e 2014 para facilitar o acesso a grandes obras no país, e esse período corresponde aos governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

Toledo tem uma ordem de prisão preventiva por causa das declarações do ex-diretor da Odebrecht em Lima Jorge Barata de que havia pago US$ 20 milhões em subornos para ganahr a licitação da construção de dois lances da estrada Interoceânica Sul.

Kuczynski disse acreditar que a Odebrecht deverá levar “uns seis meses, talvez menos” para deixar todas suas obras no Peru. Ao ser perguntado se outras empresas brasileiras envolvidas em atos de corrupção seguiriam o mesmo caminho, o presidente peruano disse que “aqui (no Peru) não se pode fazer uma série, todos fora como se fosse um circo romano” e pediu que sejam submetidas a um devido processo.

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