Lady Gaga cobra medidas de combate a abusos sexuais em universidades
Nova York, 8 jun (EFE).- A cantora Lady Gaga pediu nesta segunda-feira aos legisladores do estado de Nova York que aprovem a proposta para reforçar as normas contra os abusos sexuais nas universidades.
“Todos temos a responsabilidade de garantir que tenhamos leis mais sólidas para proteger as nossas estudantes”, disse ela em um artigo assinado junto ao governador do estado, Andrew Cuomo, publicado hoje na revista “Billboard”.
Lady Gaga, que em dezembro revelou que foi estuprada quando tinha 19 anos por um homem 20 anos mais velho, denunciou a “inaceitável epidemia de violência sexual” que existe nas universidades americanas.
“É uma realidade estarrecedora que muitos na docência, no governo e na sociedade em geral ainda se negam a reconhecer”, lamentou.
A artista pediu aos legisladores nova-iorquinos a aprovação antes de 17 de junho – quando termina a atual sessão parlamentar – de uma proposta feita por Cuomo que estenderia a todas as universidades do estado as normas que já começaram a ser aplicada nos centros públicos para tentar combater o problema.
Segundo Lady Gaga, a medida permitiria a Nova York contar com as leis mais duras do país para responder as violências sexuais e proteger às vítimas.
Entre outros aspectos, o plano proposto por Cuomo inclui uma definição clara do consentimento no momento da relação sexual e, a fim de facilitar as denúncias, garante às vítimas imunidade por certas violações das normas dos campi, como o uso de álcool e drogas.
Além disso, inclui campanhas de informação e preparação para as equipes das universidades para que administrem adequadamente os possíveis abusos que sejam cometidos.
“Hoje, muitas estudantes universitárias sofrem abusos sexuais e poucos agressores são repreendidos. Além disso, frequentemente as vítimas não têm os recursos que necessitam para se recuperar”, assinalou Lady Gaga no texto.
A cantora lembrou que, conforme as estatísticas, menos de 5% das violações cometidas nas universidades de Nova York são denunciadas as autoridades. Segundo ela, a aprovação da nova legislação permitiria uma “mudança de rumo” com relação à segurança. EFE
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