Lavrov adverte que situação no leste da Ucrânia é preocupante

  • Por Agencia EFE
  • 17/08/2015 09h39
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Moscou, 17 ago (EFE).- O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, advertiu nesta segunda-feira que é preocupante a situação no leste da Ucrânia, onde nos últimos dias se recrudesceram as ações militares entre as forças ucranianas e as milícias pró-russas.

“É preocupante a situação nas frentes. Podemos dizer que não há um linha de separação de forças, mas, em essência e infelizmente, uma frente”, disse Lavrov, em entrevista coletiva ao término de suas conversas com seu colega iraniano, Javar Zarif.

O chefe da diplomacia russa indicou que apesar das partes em conflito declararem disposição de afastar da primeira linha as peças de artilharia de calibre inferior a 100 milímetros, o acordo não pôde ser concretizado pela postura de Kiev.

“Nos preocupa o desenvolvimento dos eventos dos últimos dias, que se parecem muito aos preparativos de novas ações de combate”, recalcou.

Lavrov ressaltou que os contatos diretos entre os representantes de Kiev e as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk são chave para impulsionar os acordos de Minsk para a regulação pacífica do conflito.

“A parte ucraniana trata de eludir este tipo de contatos ou tenta impor critérios, segundo os quais tudo deve ser resolvido sem a participação de Donetsk e Lugansk. Tudo isto é preocupante”, acrescentou.

O titular das Relações Exteriores acusou o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, de tentar elevar artificialmente a tensão mediante “declarações delirantes” que pretendem “alimentar a russofobia no Ocidente.

Lavrov se referia a uma recente entrevista publicada pelo jornal francês “Libération”, na qual Poroshenko garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, quer para si “toda Europa” e “está disposto a chegar tão longe como for permitido”.

O chanceler russo indicou que com este tipo de declarações o presidente ucraniano procura distrair a atenção de “sua própria incapacidade de cumprir o que assinou”, em alusão aos acordos de Minsk.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de sete mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia em 15 meses de conflito. EFE

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