Lavrov compara ataque dos EUA contra base síria a invasão ao Iraque em 2003

  • Por EFE
  • 07/04/2017 07h58
HOM613. HOMS (SIRIA), 07/04/2017.- Fotografía cedida por el Departamento de Defensa de los Estados Unidos que muestra una vista aérea del aeropuerto al-Shayrat hoy, viernes 7 de abril de 2017, cerca de Homs (Siria). Fuerzas militares de EE.UU. lanzaron hoy decenas de misiles crucero contra un aeródromo en Siria, lo que supone el primer ataque directo estadounidense contra el Gobierno del presidente Bachar Al Asad desde que comenzó la guerra civil en ese país, informaron varios medios estadounidenses. EFE/Cortesía Departamento de Defensa de los Estados Unidos/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS EFE/Cortesía Departamento de Defensa de los Estados Unidos Vista aérea do aeroporto de al-Shayrat

O ataque com mísseis lançado pelos Estados Unidos contra a base aérea de Shayrat, na Síria, sem autorização da ONU lembra à invasão do Iraque ocorrida em 2003, disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

“Isto me lembra a situação de 2003, quando os Estados Unidos e o Reino Unido, com seus aliados, invadiram o Iraque sem autorização do Conselho de Segurança”, afirmou Lavrov, direto de Tashkent, capital do Uzbequistão.

A diferença – acrescentou – é que “em seguida tentaram apresentar uma ‘prova’, e meu bom colega Colin Powell (secretário de Estado americano em 2003) agitou no Conselho de Segurança um tubo de ensaio com pasta de dentes, que ele tinha recebido da CIA, tentando mostrar que se tratava de Anthrax”.

“Eles podem dizer o que quiserem, mas o ataque, claro, é mais que palavras”, disse o chefe da diplomacia russa, adiantando que a Rússia exigirá uma investigação para esclarecer como foi a decisão de atacar a base aérea de Shayrat.

Ele também alertou que a ação militar dos EUA “prejudica seriamente as relações russo-americanas, já por si maltratadas”, embora tenha mostrado esperança de que “esta provocação não produza resultados irreversíveis”.

Alguns países do Ocidente, disse, parecem ter interesse em proteger a organização terrorista Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra).

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