Lavrov e Kerry acordam manter contato para resolver crise da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 08/03/2014 15h23
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Moscou, 8 mar (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o chanceler dos Estados Unidos, John Kerry, acordaram neste sábado por telefone manter próximos e intensos contatos para buscar uma solução para a crise da Ucrânia.

“Os chefes das diplomacias acordaram manter contatos intensivos a fim de cooperar na resolução da crise ucraniana”, informou em comunicado a Chancelaria russa.

Pouco antes, o titular russo sugeriu diálogo ao Ocidente sobre a crise no país vizinho, com a condição de que a comunidade internacional deixe de acusar a Moscou de ser parte no conflito.

“Estamos dispostos a conversar (com o Ocidente) com a condição de que seja um diálogo justo, como parceiros cúmplices, sem que haja tentativas de nos apresentar como se fôssemos inclusive parte no conflito”, disse Lavrov.

Também o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Grigory Karasin, e o embaixador da Ucrânia na Rússia, Vladimir Yelchenko, se reuniram hoje em Moscou em um aparente primeiro contato oficial entre o governo russo e as novas autoridades ucranianas desde a queda do regime de Viktor Yanukovich.

No entanto, oficialmente as autoridades de Moscou insistem em não reconhecer legitimidade no novo governo da Ucrânia, que acusam de ter tomado o poder em uma insurreição armada sustentada por radicais ultranacionalistas.

Por outro lado, a Rússia começou a mostrar algumas de suas cartas em relação a sua resposta às sanções tomadas e anunciadas pelos Estados Unidos e por outras potências ocidentais.

Um alto cargo do Ministério da Defesa russo revelou hoje que Moscou avalia suspender inspeções internacionais de armamento atômico em seu território, incluídas pelo tratado sobre a redução de armas nucleares Start III assinado entre Rússia e Estados Unidos.

“As infundadas ameaças à Rússia por parte dos Estados Unidos e a Otan em relação a sua política na Ucrânia são vistas como um gesto marcadamente hostil e nos permitem atuar como em circunstâncias de força maior”, advertiu. EFE

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