Lavrov: Rússia fará de tudo para ajudar a estabilizar situação na Ucrânia
Moscou, 21 jan (EFE).- O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, expressou nesta terça-feira a preocupação de Moscou pelos eventos que ocorrem na Ucrânia e acrescentou que a Rússia fará tudo o que for possível “para ajudar a estabilizar a situação” no país vizinho.
“Não quis falar sobre declarações provocadoras sobre uma divisão da Ucrânia. Faremos tudo para ajudar a impedí-la, para ajudar a estabilizar a situação”, disse o chefe da diplomacia russa em entrevista coletiva.
O ministro disse também que a Rússia só está disposta a mediar a crise ucraniana caso isso seja solicitado.
“Mas entendo que as autoridades ucranianas não necessitam dessa ajuda: atualmente há contatos diretos entre o presidente, o Governo e a oposição”, acrescentou.
Segundo Lavrov, as ações dos manifestantes opositores na capital ucrânia se contradizem com todas a normas de conduta europeias.
“A tomada da Prefeitura, de edifícios governamentais… Imagine se isto tivesse ocorrido em qualquer país da União Europeia. Seria possível? Nunca permitiriam”, sentenciou.
O titular das Relações Exteriores manifestou que enquanto em países da União Europeia se produzem distúrbios como os que foram vistos nestes dias em Kiev, “ninguém questiona a necessidade de adotar medidas severas para pôr fim à violência e às desordens”.
Lavrov destacou que “as chamadas formuladas por alguns líderes da oposição, em particular Vitali Klitschko, mostram que a situação (na Ucrânia) sai de controle”.
“Temos informações de que isto (as desordens) em grande medida é estimulado desde o estrangeiro”, disse Lavrov, que apontou que os instigadores não levam em conta os interesses da própria oposição e “tentam provocar violência”.
A Rússia, acrescentou, preferiria que alguns europeus tivessem uma atitude mais cautelosa com relação a crise ucraniana e lembrou que vários membros de Governos europeus participaram de Kiev em manifestações contra as autoridades de um país com o qual mantêm relações diplomáticas.
“Isto é simplesmente indecoroso”, ressaltou. EFE
bsi/ff
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