Legisladores americanos pedem que Obama envie armas letais à Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2015 16h12
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Washington, 5 mar (EFE).- Um grupo bipartidário de legisladores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos solicitou nesta quinta-feira ao presidente Barack Obama que aprove o envio de ajuda letal à Ucrânia diante da nova escalada de tensão com os separatistas pró-Rússia.

Em uma carta enviada a Obama, os congressistas alegaram que os acordos de paz de Minsk só parecem ter consolidado uma situação melhor para os separatistas pró-Rússia, e pediram que ele “aprove rapidamente esforços adicionais para ajudar a Ucrânia a defender seu território soberano”.

A carta, rubricada por oito republicanos, incluído o presidente da câmara, John Boehner, e três democratas, especificou que esse apoio seja realizado através da “transferência de sistemas militares defensivos com armas letais”.

“Não devemos esperar até que as tropas russas e seus aliados separatistas tomem Mariupol e Kharkov antes de atuarmos para reforçar a capacidade do governo da Ucrânia para dissuadir e se defender contra novas agressões”, acrescentaram.

Os legisladores lembraram que o Congresso já aprovou em dezembro uma lei para aplanar o caminho para o presidente neste sentido, e garantiram entender o desejo de Obama de priorizar os esforços conjuntos com a Europa para abordar essa crise.

No entanto, apontaram que os aliados europeus e da Otan “devem deixar claro que a agressão russa no coração da Europa é inaceitável com fatos e com palavras”.

“Mas pedimos que core da Europa rebater este ataque à ordem internacional para evitar que nossa política externa seja refém do mínimo denominador comum do consenso europeu”, reiteraram os signatários.

Apenas duas semanas após a assinatura do acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia as forças governamentais e os rebeldes separatistas de Donetsk e Lugansk afirmam ter cumprido com o ponto que prevê a retirada de seus armamentos passados do front.

No entanto, o governo ucraniano acusou esta semana os grupos rebeldes de fingirem esse recuo para se reagruparem e prepararem novas ofensivas.

As autoridades de Kiev suspeitam que o próximo objetivo das forças pró-russas será justamente Mariupol, estratégico porto industrial atualmente sob controle do governo. EFE

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