Leis contra tabaco poderiam salvar um milhão de vidas na América, diz OPS

  • Por Agencia EFE
  • 12/02/2014 18h42
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Washington, 12 fev (EFE).- Nos países do continente americano, onde há cerca de 145 milhões de fumantes, as campanhas de educação e as leis para o controle do tabagismo poderiam salvar um milhão de vidas por ano, segundo um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).

O relatório, divulgado esta semana, mostra as conquistas da aplicação do primeiro tratado internacional de saúde pública que entrou em vigor em 2005 e que contou com a adesão de 29 dos 35 países do continente.

O chamado Convênio para o Controle do Tabaco obriga os estados-membros a aplicar medidas e políticas para reduzir o consumo de cigarro e a exposição da população à fumaça.

“Os resultados são encorajadores e nestes nove anos que se passaram muitas vidas foram salvas”, declarou no documento a assessora regional da OPS sobre tabaco, Adriana Blanco.

Adriana advertiu, no entanto, que “ainda há uma grande proporção da população regional, principalmente os jovens, que continua exposta à fumaça do cigarro em locais públicos e as ações de promoção para incitar o consumo de um produto que é altamente aditivo”.

Nos países do continente americano vivem 12% dos fumantes de todo o mundo e as autoridades regionais de saúde calculam que a cada ano um milhão de pessoas morrem por questões relacionadas ao consumo de tabaco.

Segundo o relatório, menos da metade da população está protegida da exposição à fumaça em ambientes totalmente livres e apenas 25% da população está resguardada da publicidade do tabaco.

Segundo a OPS, a indústria de fumo continua apontando a publicidade de seus produtos à população de baixa renda, às mulheres e aos jovens.

A prevalência do consumo de tabaco na população adulta do continente é de 22 % e varia muito entre países, 41 % no Chile a 7% em Barbados e São Cristóvão e Névis, assinala o relatório.

Entre os mais jovens (13 a 15 anos) a prevalência do consumo de tabaco varia de 35,1% no Chile para 2,8% no Canadá. A diferença entre meninos e meninas fumantes está diminuindo em vários países da região como Argentina, Canadá, Chile, Colômbia e Uruguai.

Para frear a epidemia de tabagismo, a OPS recomenda o uso de advertências de saúde gráficas grandes nos maços de cigarro que informem os consumidores e que protejam os jovens da publicidade agressiva da indústria do fumo, proibindo toda forma de promoção e patrocínio do tabaco.

Também aconselhou o estabelecimento de programas de ajuda para os fumantes que querem superar a dependência e o aumento dos impostos dos produtos derivados do fumo.

Na América há 17 países que proíbem o fumo em ambientes públicos fechados, locais de trabalho fechados e dentro do transporte público.EFE

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