Levy destaca acordo com OCDE e papel do Brasil em negociações globais

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 17h51
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Cleyton Vilarino.

Goiânia, 10 abr (EFE).- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil é um participante ativo dos organismos internacionais, onde “não está para passear”, mas para discutir em pé de igualdade os assuntos globais.

“O Brasil não quer estar nas organizações a passeio, mas para estar negociando e discutindo no mesmo nível, como já estamos fazendo no G20 e em outros foros que discutem a competitividade e nossa presença na economia mundial”, afirmou.

Ao participar do 3º Fórum da Indústrias de Alimentos em Goiânia, Levy defendeu o acordo anunciado pelo governo de Dilma Rousseff com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na quarta-feira.

O Ministério das Relações Exteriores informou que decidiu elevar sua cooperação com a OCDE, o chamado “clube dos países ricos”, do qual o Brasil é “associado-chave” junto com China, Índia, Indonésia e África do Sul, embora não seja um membro pleno.

O acordo, segundo divulgou o órgão, “permitirá aprofundar e sistematizar as relações bilaterais e estabelecer uma base jurídica única para as contribuições financeiras apresentadas pelo Brasil em contrapartida à sua participação em várias instâncias da organização”.

Diante de 320 empresários do setor da alimentação no Brasil, Levy lembrou que o acordo com a OCDE “abre novas perspectivas de uma economia competitiva e vencedora que o Brasil precisa ter”.

O ministro também fez uma defesa de seu plano de ajuste fiscal para chegar à meta, em 2015, de um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Tenho a convicção de que uma vez reestabelecida a solidez fiscal vamos ter todas as condições para alcançar (uma economia competitiva)”, sustentou.

O Brasil tem acordos com a OCDE desde meados dos anos 90 e, em 2007 se transformou em um dos cinco associados-chave da organização.

O país aderiu a 15 instrumentos da OCDE, entre eles a Convenção de Combate ao Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros, a Declaração sobre Investimento Estrangeiro e Empresas Multinacionais, a Convenção sobre Assistência Administrativa Mútua em Assuntos Tributários e o acordo que regula o financiamento público para a exportação de aeronaves.

“Trabalhamos para retomar o mais rápido possível um crescimento que aproveite a força de nosso setor privado, a força do mercado do Brasil e seu tamanho como a sétima economia do mundo”, ressaltou. EFE

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