Líbano toma medidas de precaução para evitar contágio do ebola
Beirute, 1 ago (EFE).- As autoridades libanesas anunciaram nesta sexta-feira que tomaram uma série de precauções para impedir o contágio do ebola, que já tirou mais de 700 vidas nos últimos meses no oeste da África.
Em comunicado, o Ministério do Trabalho informou que tinha decidido, em colaboração com o de Saúde, suspender as permissões de trabalho aos cidadãos de Serra Leoa, Guiné e Libéria, onde se concentrou o foco de ebola, para proteger a “saúde pública” dos libaneses.
O ministro da Saúde, Wael Abu Faur, que fez uma inspeção no aeroporto internacional de Beirute, declarou à imprensa que pediu às companhias aéreas, especialmente para as que transportam passageiros desde esses países, que informem às autoridades sobre qualquer passageiro com os sintomas relacionados com o ebola como vômitos, febre ou diarreia.
Dessa forma, os afetados poderão ser acompanhados pela equipe médica do aeroporto, formado por 18 pessoas, entre médicos e enfermeiras.
Abu Faur também pediu aos libaneses a não ter “temor, já que as medidas tomadas superam as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”.
“A maioria dos viajantes não vêm diretamente ao Líbano e são submetidos a provas em outros aeroportos e, apesar de isso, nós também as estamos fazendo”, acrescentou o ministro, destacando que ainda não detectaram nenhum caso.
Por sua parte, o Ministério das Relações Exteriores pediu às embaixadas que informem aos libaneses das medidas tomadas e lhes prestem socorro quando queiram retornar a seu país.
Se estima que cerca de 12 mil libaneses vivem em Serra Leoa, 3,5 mil em Guiné e 6,5 mil na Libéria.
A OMS reconheceu hoje que os governos dos países afetados pela epidemia podem ver-se obrigados a impor restrições à circulação de pessoas e a reuniões ou eventos públicos. EFE
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