Libéria, Serra Leoa e Guiné estão à beira de crise alimentar, alerta ONU

  • Por Agencia EFE
  • 11/11/2014 16h39

Genebra, 11 nov (EFE).- Libéria, Serra Leoa e Guiné, os países da África Ocidental que sofrem com a epidemia do ebola, estão “à beira de uma grave crise alimentar”, disse nesta terça-feira a principal especialista da ONU em direito à alimentação, Hilal Elver.

Nesses países há mais de um milhão de pessoas que precisam de ajuda em mantimentos para atenuar a falta de abastecimento de produtos básicos, assinalou em Genebra a relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação.

A agricultura é a principal atividade econômica na África Ocidental, e dois terços da população dependem dela.

Nesse contexto, “o fechamento de fronteiras e travessias marítimas, a redução do comércio intrarregional, a diminuição dos investimentos estrangeiros e a diminuição do poder aquisitivo de dezenas de milhares de famílias já vulneráveis deixaram esses países em uma situação muito precária”, apontou Elver.

O problema de abastecimento também foi agravado pela quarentena imposta pelos governos dos três países em áreas afetadas pela epidemia.

Essa medida deixou comunidades inteiras isoladas e incapazes de se abastecer de alimentos essenciais.

Além disso, muitas terras ficaram abandonadas por causa da fuga de agricultores, o que reduziu a produção agrícola e provocou uma disparada nos os preços dos alimentos.

O Programa Mundial de Alimentos, a maior agência humanitária da ONU, anunciou hoje que a Alemanha se tornou o primeiro doador para o objetivo concreto de alimentar as comunidades atingidas pelo ebola.

O organismo recebeu mais de US$ 30 milhões do governo alemão para financiar a crescente necessidade de alimentos nas áreas onde o vírus circula e onde já conseguiu fornecer comida a 1,3 milhão de pessoas.

Depois da Alemanha, o Banco Mundial (BM) é o segundo doador para questões alimentares relacionadas ao ebola, com US$ 22 milhões, seguido por Canadá e Estados Unidos, com US$ 18 e US$ 13 milhões, respectivamente. EFE

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