Libéria suspende estado de emergência declarado pelo surto do vírus ebola
Monróvia, 13 nov (EFE).- A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, suspendeu nesta quinta-feira o estado de emergência decretado em agosto por causa do surto do de ebola no país, embora tenha garantido que a luta contra a doença ainda não terminou.
“Hoje podemos estar orgulhosos dos progressos conseguidos. Mas isso não significa que a luta contra o ebola tenha terminado”, afirmou a presidente em comunicado.
Segundo Ellen, a Libéria ainda não pode ser declarada livre do ebola porque é preciso também que os países vizinhos não registrem mais casos da doença.
“Isso significa que não podemos abaixar a guarda, nem nos dar o luxo de reduzir nossa vigilância”, frisou.
O país agora começa uma contagem regressiva de 21 dias para cumprir o objetivo nacional de não registrar novos casos de ebola. As medidas para prevenir a propagação da doença serão mantidas, entre elas o toque de recolher até meia-noite. A região das fronteiras e pontos de acesso ao país, no entanto, não precisarão respeitar a ordem.
No último dia 7 de agosto, a Libéria decretou estado de emergência para adotar “medidas extraordinárias” para conter a expansão do vírus.
“Em nossa opinião e na daqueles que consultamos, alcançamos muitos avanços”, disse a presidente para justificar a suspensão do estado de emergência.
Apesar da evolução, ela reconheceu que ainda há muito a se fazer. Vários liberianos seguem sendo atendidos em centros de tratamento. Nas regiões rurais, ainda há o registro de novos casos e outras mortes.
A presidente ressaltou que os progressos foram possíveis graças à ajuda internacional, mas, sobretudo, à resposta da população do país.
“Graças aos nossos cidadãos, especialmente nossos profissionais de saúde, que nessa hora obscura se puseram de pé e nos defenderam”, afirmou Ellen.
A Libéria é, junto a Serra Leoa, o país mais afetado pelo surto de ebola que surgiu em Guiné, em março. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 5 mil pessoas morreram no leste da África por causa da doença.
Só no país foram registrados mais de 6,6 mil casos de ebola e 2,7 mil pessoas mortes. EFE
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